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Mentes repletas de um vazio impotente

Atualizado: 21 de nov. de 2022

Fica cada vez mais clara uma certa aceitação da imoralidade através das músicas que estouram em sucessos relâmpagos. E já não podemos falar somente do estilo "funk" de cantar, mas em todos os estilos parece haver uma subliminar enxurrada de vulgarizações, bestialidades e muitas insinuações ao descontrole do apetite sensual dos homens e mulheres, sendo que estas são as mais vulgarizadas e transformadas em objetos sensuais de adorno e prazer. Cresce na música a baixaria e pobreza artística, e a grande população aceita tudo isso sem se dar conta. (Diário, 27/06/2022)

Desde o início dos anos 2000 incomodava-me algumas letras musicais, especialmente dos grupos de “axé” e de pagode, mas isso só se agravou depois que me dei conta da crescente “indústria do funk”, com suas músicas usadas como Cavalo de Tróia para a moralidade e cultura do ser humano em desenvolvimento.


Não vou perder tempo adicionando aqui alguns exemplos de músicas de vários estilos que atualmente deformam o modo de raciocinar e viver como seres humanos. A formação de conduta que estas bestialidades musicais são capazes de propagar no Brasil, chega a insanidade coletiva, algo que desafia e muito qualquer pessoa comum a tentar explicar como e porque a sociedade em geral parece adormecer suas faculdades mentais diante do que realmente escutam e enxergam nas performances de bailarinos e cantores. Na verdade é assustador pensar que grande parte da população até deseja - mesmo que inconscientemente - esta orientação intelectual para desculpar muito daquilo que deixa de buscar individualmente e de fazer na sociedade enquanto ser humano.


Realmente, o ser humano parece desejar encontrar algo que cubra ou desculpe suas falhas, e isto faz parte de algo muito pior que devemos colocar como semente do caos moral e cultural, a ideia de que precisamos minimizar esforços e sermos apenas felizes. Slogan subliminar que encontramos na maioria das posturas sociais tanto na política como na cultura de hoje. Quando o ser humano começou a ser treinado para não se esforçar em vista da perfeição moral, intelectual e humana, colocou-se ferramentas a fim de evitar o colapso da “mão de obra social”, onde podemos colocar as músicas e suas letras perniciosas e corruptíveis.


O ser humano que ouve qualquer música e não se dedica a OUVIR a letra do que se canta e a qual repete satisfatoriamente, está prestes a engrossar esta grande massa de seres treinados a “seres felizes de qualquer maneira”, mesmo que isso signifique uma separação total entre a verdade humana e a integralidade dela e aquilo que sai de sua boca diariamente como expressar do que ouve e guarda na memória.


Enfim, a humanidade precisa retomar o caminho da serenidade intelectual e da honestidade com aquilo que se produz e que gera consumo pelas pessoas. Uma produção repleta de bestialidades "inofensivas" só cria mentes repletas de um vazio impotente e irracional.


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