Meio joio e meio trigo
Atualizado: 16 de fev.
[19] Tomo hoje por testemunhas o céu e a terra contra vós: ponho diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas com a tua posteridade, [20] amando o Senhor, teu Deus, obedecendo à sua voz e permanecendo unido a ele. Porque é esta a tua vida e a longevidade dos teus dias na terra que o Senhor jurou dar a Abraão, Isaac e Jacó, teus pais.
(Deuteronômio, 30, 19-20 - Bíblia Católica Online)
Diante de tanta “formação” e informação, a humanidade parece cada vez mais perdida quanto à consciência de Deus, da consciência em ditar-se conforme a existência e inevitável determinação divina em seu destino próximo e o mais remoto.
Podemos conjecturar os motivos mais obscuros, mas o fato é este: A humanidade não consegue mais afirmar a verdade mais simples que a Sagrada Escritura, com toda a sua história e milhares de confirmações históricas, já deixou claro a esta mesma humanidade. Uma surrealidade digna do mais sagaz romancista ficcional. E já afirmar isto em nosso tempo parece ser um absurdo, isto neste mundo onde a coisificação da vida humana atingiu o patamar de “opção pessoal”, sem qualquer determinismo de valor absoluto, especialmente valor moral.
O discurso vazio que muitos “ponderados” tentam vender como o mais correto, isto é, o de que não devemos simplesmente dualizar as coisas, nada mais é do que a negação da própria realidade confirmada pelo Criador, a do “joio e do trigo”, um ou outro, ou seja, uma dualidade. Um “meio joio e meio trigo” nunca existiu e nem existirá como verdade existencial, apenas como falácia lógica e moral. Por isso, destaquei o trecho acima extraído do livro do Deuteronômio: “benção ou maldição”. Uma dualidade eterna que, mesmo negando os os negacionistas mercenários de nosso tempo, estará diante de todos, e a muitos de nosso tempo surgirá como um assaltante na calada da noite.

Negar a maldição e a morte, e ficar radicalmente com a vida e a bênção, é a única opção aos que conscientemente aceitam a Deus e toda a criação que temporariamente nos cerca.