Uma história impressionante, é o que podemos dizer desta obra do escritor francês Júlio Verne. História esta que, em nossos dias, até já ganhou adaptação para o cinema, o que ajudou a reanimar a curiosidade sobre esta obra de 1864.
O mineralogista Lidenbrock não gozava de um estilo simpático, mas sua competência no meio científico era reconhecida pelos seus, especialmente pelo seu sobrinho, Áxel, que vivia com ele e trabalhava com ele. Tudo parecia meio normal na rotina deles, quando o professor Lidenbrock encontra certo pergaminho em meio a um livro antigo, no qual encontrava-se alguns algoritmos suspeitos de uma teoria que o professor pesquisava, isto é, sobre a possibilidade de adentrar pelas rochas até o centro da Terra.
Enfim, com ajuda de Áxel, acaba decifrando os algoritmos e descobrindo as indicações de certo caminho que poderia levar ao objetivo da teoria pesquisada. E lá se foram nesta aventura, mesmo com a contrariedade de Áxel, especialmente porque acreditava ser um absurdo contrariar a tese científica consensual de superaquecimento no interior do globo, o que negaria a possibilidade de passear pelo centro da Terra.
Depois de viajarem até a Islândia e conseguirem contratar um ajudante, lançam-se pela cratera indicada, um vulcão inativo. O caminho é longo e as contrariedades científicas, as falhas de cálculos se passam entre eles, mas continuam caminhando pelos túneis que se abrem e que, contrariando a tese de superaquecimento interior, mantém a temperatura regular. Em certo ponto, Áxel se perde dos demais, e na escuridão não consegue se achar. Temendo a morte, pensa em sua amada Grauben que ficara à sua espera na Alemanha. Mas, graças a acústica dos túneis, consegue ouvir e se comunicar com seu tio, o que resulta no encontro à beira do “Mar Linderbrock”. A partir daqui, coisas inimagináveis encontram, e Áxel assume a inexatidão da tese de superaquecimento no interior do globo, e entende que realmente estão descendo ao centro da Terra.
Júlio Verne é reconhecido como um dos maiores romancistas ficcionais da literatura mundial, e não é à toa. Suas obras, como a Viagem ao Centro da Terra (Ed. Edico, 222 pg), demonstram a cultura e a engenhosidade deste escritor, que já fora chamado de grande visionário no meio literário por conta de ilustrações futuristas que hoje já tornaram-se realidade.
Sendo um leitor inveterado, costumo afirmar que as obras de Júlio Verne se encontram entre as minhas favoritas.
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