Não sei se as pessoas em geral gostam de escrever sobre seu próprio natalício, mas eu penso ser oportuno a reflexão que brota deste momento de aniversário de nascimento.
Esses dias atrás, diante de mim mesmo, cunhei a seguinte sentença: "o tempo não é mera contagem, mas plataforma de existência do eu consciente".
O que não posso admitir em mim é um certo sentimento de "intelectual barato" com uma filosofia sob encomenda do freguês. Antes mesmo de pensar em escrever qualquer coisa neste site ou nas redes sociais, deixei claro para mim mesmo que uma intelectualidade rasa, medíocre e sofística, era tudo o que não poderia buscar e muito menos difundir.
A frase que cunhei para mim mesmo nasce de minha própria paixão pelo estudo, especialmente o estudo filosófico, teológico e histórico. Penso que exista uma ligação íntima entre estes três ramos dos estudos de ciências humanas, quase uma interdependência a fim de fugir justamente da mediocridade narrativa e interpretativa da história e do ser humano.
O tempo fica gravado na história. Ele não "é" a história mas a história registra o tempo. E quando falo do ser humano, quem registra este tempo é sua consciência. Consciência que faz viver no tempo o "eu" consciente, o "eu" vivo, capaz de registrar o tempo na história da vida.
Não confio na pseudo onipotência intelectual do ser humano, especialmente quando este claramente não admite as contingências da sua própria vida, afinal, a vida e suas agruras ou felicidades contribuem de maneira importante à maturidade intelectual.
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