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Missa ou Celebração: Do Mandamento a luteranização

Já faz algum tempo que a luteranização das comunidades católicas faz emergir suas consequências intelectuais entre os fiéis leigos. A principal delas é a equiparação de uma celebração da Palavra de Deus com extraordinária distribuição da Eucaristia, ministrada por um leigo empossado como Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística (MECE), com a Santa Missa, o que resulta da simplória síntese “ir na Missa ou ir na Celebração têm o mesmo efeito”.

Percebamos o seguinte: Para fins de alimento espiritual da comunidade que extraordinariamente não goza da presença de um sacerdote, esta celebração da Palavra com distribuição da Eucaristia é totalmente válida, mas não pode ser elevada acima de um PALIATIVO PASTORAL , um problema que deve ser corrigido o quanto antes. E porque deve ser corrigido? Ora, porque a Igreja particular que governa estas comunidades de fiéis católicos, precisa prover a necessidade destes mesmos fiéis em CUMPRIR O PRECEITO DOMINICAL, mandamento que todo fiel católico deve cumprir.


Mesmo usando mão deste “paliativo pastoral”, os padres e bispos nunca poderão motivar mais a participação nestas celebrações do que na Santa Missa, isso por coerência e obediência a Santa Mãe Igreja e principalmente, por honestidade teológica.


Não parece muito difícil de se entender que, desde as origens da Igreja de Cristo, o domingo é o dia dos fiéis se reunirem para celebrar a morte e ressurreição de Nosso Senhor, por isso o domingo também é a celebração da Páscoa do Senhor. Mas esta celebração somente se faz em obediência ao mandato do Senhor em refazer todos os gestos Dele mesmo, especialmente na sua última Ceia, e por isso, sobre o altar, no momento da consagração, revivemos o sacrifício do Senhor na cruz. Eucaristia em primeiro lugar, é a renovação do santo sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Um fiel leigo, mesmo empossado como MECE, nunca poderá renovar este sacrifício, pois falta-lhe o Sacramento, e a missão da Igreja para tal.


Com isto, parece mais claro que obedecer o Preceito Dominical (Mandamento da Igreja), somente se faz participando de uma Santa Missa dominical. Tentar luteranizar com ideias relativizantes, numa sanha de “empoderamento” comunitário a obrigatoriedade de buscarmos uma Santa Missa para comprimirmos o Mandamento da Igreja, nunca terá fundamento na Sagrada Escritura e no Magistério da Igreja, e muito menos fundamento teológico coerente com todo o conjunto da Tradição.


Já escrevi muitas vezes sobre a Santa Missa, um tesouro inexaurível para todo o cristão. Para corrigir estas ideias nefastas de relativização e negação da singular obrigatoriedade da Santa Missa é necessário cada vez mais formação sobre a própria, algo que infelizmente não se percebe muito no trabalho pastoral de muitos padres e bispos que, aliás, que por má formação ou omissão, tendem a possibilitar o crescimento deste movimento relativista e minimalista que resulta numa redução do Sagrado a um conjunto meramente de humano, onde Deus só é Deus, se diante de um grupo de pessoas.

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