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Mentira e omissão

Outro assunto não poderia abordar, pois nestes dias fui posicionado no dilema mentira ou omissão. Na verdade, estes dois temas que a primeira vista parecem sinônimos têm grande diferença, ou no mínimo, aspectos que os deixam separados.


Mentira, mais do que simplesmente inventar uma estória que na realidade não aconteceu, é um ato de egoísmo e de pura falta de humanidade. Humanidade porque suponho que um ser humano capaz de aceitar sua natureza corruptível não vai jamais aceitar mentir pelo simples fato de que a mentira, a príncipio, o beneficiaria de algum modo em detrimento do outro. Tratar da mentira é tratar da verdade e do direito do outro saber a verdade, ou seja, mentindo privo o outro de um bem que lhe é seu de direito. Privando este outro do seu direito simplesmente estou o violentando de alguma forma, e não exagero em dizer que a mentira torna a pessoa que a faz uma criminosa.


Outro fato importante e que não conseguirei expressar nestas poucas linhas é a capacidade de destruição da mentira. Algo tão poderoso não é avaliado adequadamente pelas pessoas em geral. Imaginem largar uma ogiva nuclear nas mãos de um lunático terrorista pronto a sacrificar sua vida! Desta forma é que avalio o tamanho poderio da mentira nas mãos de uma pessoa fraca de caráter, que nem sequer se da conta do valor que têm o outro. Uma “mentirinha” pode ter efeitos extremamente desasttrosos, desde castigo dos pais até o estupim para a separação de um casal. Uma “mentirinha” pode realmente acabar com o principal ingrediente de um casamento fiel: a confiança. A partir do momento que um dos cônjuges descobre uma pequena “mentirinha” do outro, sempre será necessário contar com a falta de importância deste (“vítima”) no assunto, do contrário, se este cônjuge que descobriu a “mentirinha” tiver caráter formado e sabe dar a importância real a verdade, o tecido da confiança se rasga e por mais que aja remendos sempre haverá o tecido rasgado.


“Não menti, somente não contei…”. Várias pessoas já usaram deste artifício para cobrir coisas erradas ou que iriam desagradar a outras. É a tal da omissão usada muito frequentemente na política (tristemente) mas que teve seu princípio na vida das pessoas, como quase tudo.


Mas a omissão não somente se resume a não contar, também pode levar a pessoa a inventar algo no lugar daquilo omitido, por isso ela pode ser mais grave porque pode ser tornar uma mentira. De fato, omissão não é tão grave e “destruidor” como a mentira, mas a simples possibilidade de que pode crescer e acabar se tornando uma nefasta e destruidora mentira, torna ela no mínimo indesejada.


Mentira e omissão não se equivalem quanto a gravidade mas se equivalem quanto a princípio de destruição. Não são sinônimos mas são igualmente vícios que devem ser banidos da convivência com os outros.


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