Fábio de Melo, o padre virtual
Como falo e escrevo faz muito tempo neste site, a formação dos futuros padres foi terrivelmente contaminada pela protestantização e o modernismo desde antes do Concílio Vaticano II, o que de fato culminou com a celebração deste e a revolução introjetada na Igreja por seus documentos ecumênicos e minimamente ortodoxos.
Alguns padres se destacam no cenário público notoriamente pela capacidade de provar todas estas análises terríveis que se fazem, incluindo as minhas, sobre a atual formação dos sacerdotes. Entre estes é impossível não citar o padre Fábio de Melo, mais cantor e ativista virtual que sacerdote.
Esta postagem (abaixo) foi tirada de sua conta no Instagram. Algumas coisas coisas aqui são necessárias observar, pois elas vêm justamente de um sacerdote católico.
O termo "revolucionário" em si já demonstra a total imersão deste padre na linguagem revolucionária que tenta a todo custo escravizar os homens tirando-lhes Deus do centro e pondo - fantasiosamente - o próprio homem (natureza humana) como o centro da existência e a razão para tudo. No catolicismo não falamos em revolução, mas em reformas, em edificação, pois revolução sempre esta ligado a inversão da ordem natural das coisas, o que significa inverter a ordem criadora de Deus. Este senhor por ser padre não pode ser considerado ingênuo ao ponto de julgarmos este fato como um pequeno descuido de digitação.
Existe há muitos séculos a tentação de deificação do ser humano, afinal, se somos deuses (como o próprio Deus) não estamos sob a direção de nenhum ser supremo, não estamos sujeitos a nada superior, não estamos sujeitos a normas morais que surgem dos ditames reveladores do Deus judaico-cristão. É muito vago dizer "Deus não é propriedade de religiosos...", sua afirmação leva justamente a desautorização moral e vocacional destes homens e mulheres que ainda se acredita que foram chamados por Deus para uma missão, doando suas vidas pela Verdade encarnada, para mostrar ao mundo quem de fato é Deus e onde o encontrar. O imanentismo que denunciava no Sínodo da Amazônia parece aflorar nas palavras do padre Fábio de Melo que deseja que todos os seus "seguidores no Instagram" esqueçam a Igreja, esqueçam a Eucaristia, esqueçam a Sagrada Escritura, esqueçam os Sacramentos, esqueçam as devoções, enfim, esqueçam a Deus, pois o objetivo aqui, segundo ele, seria encontrar "a divindade que nos habita", mas não o Espírito Santo, pelo menos nem citado é a terceira pessoa da Santíssima Trindade.
O padre fala em usurpação da fé alheia. Ora, ele esta usurpando algo maior que a "fé alheia", esta usurpando o dom de Deus entregue-lhe no dia de sua ordenação afim de uma fé virtual, que podemos encontrar em livros de Yoga e Nova Era.
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