Seria mais que surreal acreditar que a população em geral não perceba algo minimamente estranho em tudo o que vivemos atualmente. Uma percepção mínima podemos acreditar que se tenha de algo anormal que apimenta todas as relações humanas, desde as familiares como as relações entre indivíduo e instituição.
Desde de o final de 2019 o vírus chinês resolveu protagonizar o grande teatro mundial, sendo ator principal e coadjuvante, não necessariamente ao mesmo tempo, mas revezando as performances de acordo com os "diretores" desta grande peça. Já afirmo que não considero a doença provocada por este vírus uma "peça teatral", mas pela figura de linguagem pretendo direcionar aos diretores desta tal peça.
Os espectadores, ou seja, a humanidade inteira, ainda estão se recompondo do pânico generalizado que formou-se diante de tudo o que fora feito e imposto sem a necessária urgência em certificar-se do que se pretendia tomar como fundamento de decisões. Hoje, passado mais de dois anos, ainda discute-se sob que certeza empiricamente certa e moralmente aceitável, devemos ou não tomar determinadas atitudes, o que nos revela a total inconsistência do que fora gerido através da desinformação, da precipitação e do pânico irresponsável.
O que gerou isso na grande massa? Confiança nas autoridades e na "orgulhosa" ciência humana, ou uma espécie de auto escravidão?
Pode-se dizer que algumas pessoas realmente manifestaram plena confiança na ciência e nas autoridades científicas, apesar de que mesmo nestes o entendimento sobre confiança não parece muito nítido, mas ao menos apresentam alguma argumentação racional aceitável que embasaria suas decisões pessoais diante de políticas públicas duvidosas nestes tempos. Mas este grupo de pessoas, confiantes e serenos, não conseguem comprovar as próprias teses de sustentação para sua confiança em autoridades científicas ou ditas científicas, pelo simples fato de que sua confiança esta baseada em ditames sem o respaldo científico corroborado pelo próprio método científico que exigiria anos de estudo. No fim, é uma confiança que mais assemelha-se a fé, a uma crença religiosa que crê sem ver.
Mas um outro grupo que em realidade é a maioria da população, se auto escraviza. Como a maioria da população humana esta treinada a não raciocinar porque não foi educada a exigir racionabilidade de suas próprias ações, e porque sente a forte tendência de ceder aos instintos - precisamente porque falta a razão -, sua vida é facilmente conduzida e decidida por qualquer outro grupo ou pessoa que saiba disso e que deseje usar deste nefasto meio para algum fim. Esta auto escravidão é inconsciente e não podemos esperar que este ser humano auto escravizado resolva se libertar, pois falta-lhe as ferramentas para isso, estas que somente com a elevada educação, reflexão individual, paciência e dedicação são possíveis de se conseguir, coisas que ardilosamente se tenta substituir nas pessoas por outros artifícios lúdicos e acidentais para justamente anular qualquer chance de desenvolvimento pessoal a nível intelectual.
Infelizmente assisto atônito a imensa manifestação do grande trabalho de anulação da razão humana, algo que já gerou tantas barbáries na história da humanidade e que hoje assistimos de camarote. Para que não fique pior e a humanidade retome a consciência de sua própria capacidade mais elevada, um trabalho herculano será necessário em vários campos das ciências humanas.
Desistir não parece ser uma opção.
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