≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ LEITURA RECOMENDADA ≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡
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SEGUNDA PARTE
Então porque Deus se comunica? Ou por que Ele comunica algo, se sua comunicação levando em conta a atemporalidade de sua existência já é ato?
Esta pergunta é válida enquanto temos a ação de Deus instantaneamente relacionado ao seu pensar, afinal, a comunicação também é uma atividade e como tal antecede ao ato que conta com o interlocutor, neste caso dos homens. Podemos pensar que Deus assim deseja para facilitar nossa participação, ou seja, como falei antes do rebaixamento etmológico, também teríamos aqui uma espécie de "retardamento" de seu próprio ser, contanto com nossa temporalidade e consequente demora por responder.
Deus comunica por Jesus que ingressou na temporalidade dos seres, não porque necessitasse para fazer cumprir Sua vontade divina, mas para que a comunicação salvadora dos seres fosse mais eficaz em nós, ou seja, Ele comunica para nos beneficiar e não para simplesmente criar algo mais para Si. É principalmente desta forma que Deus, nominado Jesus, realiza a missão "Cristo" sendo a consequência deste ato a comunicação salvadora do gênero humano.
A importância da comunicação na relação Deus-homem precisa ser entendida não como mera informação ou revelação de ditames autoritários, mas como ato de que em Deus já fora pensado e realizado, mas ainda não executado em nós por conta de nossa temporalidade e consequente corruptibilidade, que necessidade de nossa liberdade para mover a inteligência e vontade a realizar o que em Deus já fora pensado e terminado. Por isso a Jesus Cristo é a própria compreensão de tudo o que o mundo precisa saber de Deus e da vida eterna. Mesmo que Ele não tivesse falado nada quando viveu entre nós, sua existência encarnada já seria a própria comunicação divina de salvação.
Neste âmbito, poderia caber-nos o estudo e reflexão em tondo da linguagem e discursos pastorais na comunidades eclesiais. Pensar no que se fala e o que se fala nos movimentos e grupos dentro das comunidades, desde a catequese para crianças até os encontros de casais. Acredito, pelo que já presenciei, que esta compreensão de comunicação divina pelo Jesus na sua missão Cristo, esta sendo tangenciada, e sendo substituída por algo caricatural sem nenhuma profundidade teológica fidedigna com o fato da Encarnação.
O mais grave ainda é a situação do conteúdo missionário, adotado por muitos ao redor do mundo, que já parece tornar a realidade da comunicação divina num mero adereço de discursos imanentistas vazios de transcendência, fator fundamental no entendimento da comunicação Deus-homem.
(continua...)
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Objetos de Devoção
A Devoção O dicionário da Língua Portuquesa define “devoção” como piedade, sentimento religioso; dedicação ao culto de Deus e dos santos. A devoção esta no início e no fim da piedade cristã, ela fomenta a piedade fazendo com que no exercício da devoção a piedade aumente, isto a cada momento de prática devocional. Também ela aparece como consequência da piedade, pois uma pessoa piedosa age mais naturalmente com devoção, transformando cada aproximação de uma igreja ou de algum objeto religioso momento para um ato devocional. É o sentimento religioso que floresce na alma do cristão, isto acontece pela piedade ou devoção. Na realidade, a prática devocional sempre terá um sujeito e um objeto ao qual se dirige um objetivo. Exemplo: o cristão é o sujeito da oração do Terço e seu objetivo, de regra, é a intercessão e louvor a Maria Santíssima. Mais: em uma oração em frente de uma estampa do Rosto de Cristo o objetivo, de regra, é o auxílio divino, mas este objetivo pode ter varian