≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ LEITURA RECOMENDADA ≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡
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"Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui. Ressuscitou!" (Lc 24,5-6)Queridos amigos!
Na Páscoa de Nosso Senhor sempre escutamos esta belíssima narração do momento histórico da constatação da ressurreição de Jesus Cristo. De fato, Ele foi morto e sepultado e ressuscitou como havia predito, e como haviam profetizado as Sagradas Escrituras sobre o Messias, sobre o Escolhido de Deus para salvar a humanidade inteira. Parece comum o sentimento de todos, cristãos e não cristãos, sobre a pacificidade desta celebração, ou seja, que estes dias nos fazem lembrar dos bons votos de paz, caridade, bondade e generosidade. Mas é fato que não devemos intensificar somente este entendimento a cerca deste momento fundamental - e fundante - para a fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador dos homens.
Nos versículos capitulares desta mensagem, encontro um ponto crucial que pretendo destacar nesta mensagem: no ressuscitado é que vivemos, e isto compreendemos numa reflexão sobre a pessoa divina e humana de Nosso Senhor.
No diálogo do Anjo com as mulheres que estavam junto ao sepulcro, agora vazio, podemos observar a seguinte indagação mais profunda além das meras palavras interrogativas: Conhecemos o fundamento de nossa vida? A indagação sobre a procura das mulheres pelo corpo de Jesus revela nossa perspicácia ilustrativa, que detêm-se na imagem factual do acontecimento, e isso não serve para o conhecimento de Deus. Nossa percepção precisa ir além desta percepção ilustrativa que recolhe o fenômeno do momento, como uma máquina fotográfica que não enxerga além do imagem registrada.
É curioso como a aparecente sensação de perda do corpo de Jesus traz a mente a própria perda de sentido da vida nos seres humanos. Se perdes a Cristo, perdes a vida! Não é exagero tal afirmação já que Ele é a existência pura e em si. Se o professamos Filho de Deus, essencialmente Ele é o próprio Deus, e sendo Deus á existência sem a qual nem pensaríamos, pois não existiríamos. Essa teologia sobre Deus é um desenvolvimento importante dentro do monoteísmo já encaminhado pelo judaísmo, mas que desponta para seu caminho mais esclarecedor no cristianismo.
"No ressuscitado é que vivemos", pois Jesus não é mera imagem de Deus, mera partícula de Deus e senão o próprio Deus e como tal precisava e deveria ressuscitar pois Deus não morre, nem desaparece, Ele revela-se para sempre, Ele mostra-se como o que realmente é: o todo-poderoso.
Tendo ciência disto é que podemos - e de fato, devemos! - afirmar nossa existência somente e graças ao ressuscitado e que é ignorância e insensatez não chegar a esta conclusão não tão clara, mas necessária para o entendimento da existência humana. Nele "vivemos nos movemos e somos", já dizia São Paulo no seu famoso discurso em Atenas (Atos 17,28), nos ajudando a chegar no "por Cristo, com Cristo e em Cristo" da liturgia eucarística.
Mencionava mais no início o sentimento quase comum de pacificidade desta celebração pelos votos que se deseja a todos, e estes somente são possíveis de realizar existindo, e não somente realiza-los, mas realiza-los bem conhecendo o fundamento de nossa existência e agindo para além da percepção ilustrativa do momento e captarmos a profundidade da fé naquele que nos sustenta na vida, o próprio ressuscitado, criador, doador e sustentar deste fenômeno que chamamos "viver".
Uma feliz e santa páscoa para todos, em Jesus Cristo Nosso Senhor.
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Objetos de Devoção
A Devoção O dicionário da Língua Portuquesa define “devoção” como piedade, sentimento religioso; dedicação ao culto de Deus e dos santos. A devoção esta no início e no fim da piedade cristã, ela fomenta a piedade fazendo com que no exercício da devoção a piedade aumente, isto a cada momento de prática devocional. Também ela aparece como consequência da piedade, pois uma pessoa piedosa age mais naturalmente com devoção, transformando cada aproximação de uma igreja ou de algum objeto religioso momento para um ato devocional. É o sentimento religioso que floresce na alma do cristão, isto acontece pela piedade ou devoção. Na realidade, a prática devocional sempre terá um sujeito e um objeto ao qual se dirige um objetivo. Exemplo: o cristão é o sujeito da oração do Terço e seu objetivo, de regra, é a intercessão e louvor a Maria Santíssima. Mais: em uma oração em frente de uma estampa do Rosto de Cristo o objetivo, de regra, é o auxílio divino, mas este objetivo pode ter varian