≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ LEITURA RECOMENDADA ≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡
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Almir Ghiaronni, um leitor assíduo desta coluna, envia uma interessante história, e faz a ressalva de que não conhece o autor da mesma. "O sineiro do interior me faz lembrar de várias coisas que aconteceram em minha vida e que na época encarei como derrotas - mas que no decorrer dos anos se transformaram em verdadeiras bênçãos.
Dou um exemplo concreto: quando o Alquimista foi oferecido aos grandes grupos editoriais da França, nenhum se interessou. Uma pequena editora, que acabara de abrir suas portas, resolveu assinar o contrato com o tal autor brasileiro desconhecido, colocar todos os seus esforços para distribui-lo bem - e o livro se transformaria em uma das melhores vendas de todos os tempos no mercado francês, batendo o recorde de permanência nas listas de mais vendidos do país.
Hoje, conhecendo melhor o mercado internacional, tenho certeza que se tivesse sido publicado por um destes grandes conglomerados, minhas chances seriam quase nulas, já que estaria concorrendo com outros grandes e renomados autores em seus catálogos. Mas fui publicado por um editor iniciante, entusiasmado (no caso uma editora, Anne Carriere, que mais tarde escreveu um livro a esse respeito), e isso fez toda a diferença.
E é mais ou menos sobre isso que trata a história enviada por Almir:
Um homem humilde, sem qualquer instrução, trabalhava na igreja em uma pequena cidade no interior do Brasil. Sua tarefa se resumia a tocar os sinos nos horários determinados pelo padre.
Mas as leis mudaram: o bispo da região resolveu exigir que todos os funcionários das paróquias submetidas ao seu controle tivessem no mínimo o curso primário. Pensava desta maneira estar estimulando a educação pública; mas para o velho sineiro, que era analfabeto e velho demais para começar tudo de novo, aquilo foi o fim do seu trabalho.
Recebeu uma pequena indenização, os agradecimentos de sempre, e uma carta dando por terminadas suas atividades na igreja.
Na manhã seguinte, como não tinha nada a fazer, sentou-se no banco da praça para preparar seu cigarro de palha - e notou que o tabaco estava no final. Pediu um pouco emprestado dos amigos aposentados que se encontravam por ali, mas todos estavam com o mesmo problema: era preciso ir até a cidade vizinha comprar mais fumo.
"Você tem tempo de sobra"- disse um dos amigos. "Pode ir comprá-los, e nós lhe pagaremos uma comissão."
O ex-sineiro passou a fazer isso regularmente, mas com o tempo viu que faltavam muitas outras coisas em sua pequena cidade, e começou a trazer isqueiros, jornais, até que foi obrigado a montar uma loja, já que lhe encomendavam cada vez mais coisas.
Como era um homem de bem, interessado na satisfação dos seus clientes, a loja prosperou, ele ampliou seus negócios, e terminou se transformando em um dos mais respeitados empreendedores da região.
Mas lidava com muito dinheiro, e um belo dia foi necessário abrir uma conta bancária.
O gerente recebeu-o de braços abertos, o velho retirou um saco repleto de notas de alto valor, sua ficha foi preenchida, e no final pediram sua assinatura.
- Desculpe - disse ele, - mas não sei escrever.
O gerente ficou muito espantado:
- Então o senhor conseguiu tudo isso sendo analfabeto?
- Consegui com esforço e dedicação.
- Meus parabéns! E tudo sem freqüentar o colégio! Imagine o que seria de sua vida se tivesse conseguido estudar!
O velho sorriu:
Posso imaginar muito bem. Se eu tivesse estudado, ainda estaria tocando sinos naquela pequena igreja que o senhor pode ver de sua janela.
Dou um exemplo concreto: quando o Alquimista foi oferecido aos grandes grupos editoriais da França, nenhum se interessou. Uma pequena editora, que acabara de abrir suas portas, resolveu assinar o contrato com o tal autor brasileiro desconhecido, colocar todos os seus esforços para distribui-lo bem - e o livro se transformaria em uma das melhores vendas de todos os tempos no mercado francês, batendo o recorde de permanência nas listas de mais vendidos do país.
Hoje, conhecendo melhor o mercado internacional, tenho certeza que se tivesse sido publicado por um destes grandes conglomerados, minhas chances seriam quase nulas, já que estaria concorrendo com outros grandes e renomados autores em seus catálogos. Mas fui publicado por um editor iniciante, entusiasmado (no caso uma editora, Anne Carriere, que mais tarde escreveu um livro a esse respeito), e isso fez toda a diferença.
E é mais ou menos sobre isso que trata a história enviada por Almir:
Um homem humilde, sem qualquer instrução, trabalhava na igreja em uma pequena cidade no interior do Brasil. Sua tarefa se resumia a tocar os sinos nos horários determinados pelo padre.
Mas as leis mudaram: o bispo da região resolveu exigir que todos os funcionários das paróquias submetidas ao seu controle tivessem no mínimo o curso primário. Pensava desta maneira estar estimulando a educação pública; mas para o velho sineiro, que era analfabeto e velho demais para começar tudo de novo, aquilo foi o fim do seu trabalho.
Recebeu uma pequena indenização, os agradecimentos de sempre, e uma carta dando por terminadas suas atividades na igreja.
Na manhã seguinte, como não tinha nada a fazer, sentou-se no banco da praça para preparar seu cigarro de palha - e notou que o tabaco estava no final. Pediu um pouco emprestado dos amigos aposentados que se encontravam por ali, mas todos estavam com o mesmo problema: era preciso ir até a cidade vizinha comprar mais fumo.
"Você tem tempo de sobra"- disse um dos amigos. "Pode ir comprá-los, e nós lhe pagaremos uma comissão."
O ex-sineiro passou a fazer isso regularmente, mas com o tempo viu que faltavam muitas outras coisas em sua pequena cidade, e começou a trazer isqueiros, jornais, até que foi obrigado a montar uma loja, já que lhe encomendavam cada vez mais coisas.
Como era um homem de bem, interessado na satisfação dos seus clientes, a loja prosperou, ele ampliou seus negócios, e terminou se transformando em um dos mais respeitados empreendedores da região.
Mas lidava com muito dinheiro, e um belo dia foi necessário abrir uma conta bancária.
O gerente recebeu-o de braços abertos, o velho retirou um saco repleto de notas de alto valor, sua ficha foi preenchida, e no final pediram sua assinatura.
- Desculpe - disse ele, - mas não sei escrever.
O gerente ficou muito espantado:
- Então o senhor conseguiu tudo isso sendo analfabeto?
- Consegui com esforço e dedicação.
- Meus parabéns! E tudo sem freqüentar o colégio! Imagine o que seria de sua vida se tivesse conseguido estudar!
O velho sorriu:
Posso imaginar muito bem. Se eu tivesse estudado, ainda estaria tocando sinos naquela pequena igreja que o senhor pode ver de sua janela.
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Objetos de Devoção
A Devoção O dicionário da Língua Portuquesa define “devoção” como piedade, sentimento religioso; dedicação ao culto de Deus e dos santos. A devoção esta no início e no fim da piedade cristã, ela fomenta a piedade fazendo com que no exercício da devoção a piedade aumente, isto a cada momento de prática devocional. Também ela aparece como consequência da piedade, pois uma pessoa piedosa age mais naturalmente com devoção, transformando cada aproximação de uma igreja ou de algum objeto religioso momento para um ato devocional. É o sentimento religioso que floresce na alma do cristão, isto acontece pela piedade ou devoção. Na realidade, a prática devocional sempre terá um sujeito e um objeto ao qual se dirige um objetivo. Exemplo: o cristão é o sujeito da oração do Terço e seu objetivo, de regra, é a intercessão e louvor a Maria Santíssima. Mais: em uma oração em frente de uma estampa do Rosto de Cristo o objetivo, de regra, é o auxílio divino, mas este objetivo pode ter varian
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